A erva-mate faz parte da história e identidade do Sul do Brasil. Seu consumo começou há séculos com os povos indígenas guaranis, que utilizavam a bebida como fonte de energia e conexão com a natureza. Mais tarde, a erva-mate virou um símbolo cultural e se espalhou por todo o Sul do Brasil.

A expansão da erva-mate

No século XVII, a erva-mate começou a se consolidar no Paraná, inicialmente consumida pelos indígenas locais e, mais tarde, incorporada ao cotidiano das comunidades que surgiam na região. A partir do século XIX, o Paraná se tornou um dos principais polos de produção.

A erva-mate era transportada por tropeiros, que percorriam longas distâncias para levar a produção paranaense até o Porto de Paranaguá, principal ponto de exportação para países como Argentina, Uruguai e Chile. A atividade impulsionou o crescimento econômico e a formação de novos centros urbanos ao longo dessas rotas.

Curitiba foi um grande centro comercial e industrial da erva-mate no final do século XIX, abrigando importantes ervateiras e consolidando o Paraná como o maior exportador do produto. Cidades como São Mateus do Sul, conhecida como a “Capital da Erva-Mate”, preservam até hoje essa tradição, com plantações centenárias e uma forte conexão cultural
com o produto.

Ao longo da Rota do Mate, é possível visitar ervateiras tradicionais, como a Ervateira Taquaral, propriedades rurais, museus e feiras locais, conhecendo de perto o processo de produção e a importância histórica da erva-mate para a cultura do Sul do Brasil.

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